Ser poeta é ser mais alto, é ser maior
Do que os homens! Morder como quem beija!
É ser mendigo e dar como quem seja
Rei do Reino de Áquem e de Além Dor!
É ter de mil desejos o esplendor
E não saber sequer que se deseja!
É ter cá dentro um astro que flameja,
É ter garras e asas de condor!
É ter fome, é ter sede de Infinito!
Por elmo, as manhãs de oiro e de cetim...
É condensar o mundo num só grito!
E é amar-te, assim, perdidamente...
É seres alma, e sangue, e vida em mim
E dizê-lo cantando a toda a gente!
Florbela Espanca
4 comentários:
Bruno.
Se gostas desta poesia, és uma pessoa de bem.
Deixa que se solte a alegria que sentes borbulhar dentro de ti.
Que importa se se rirem de ti? Primeiro ri tu te ti próprio, acha-te graça.
Um abraço
Olá Frank está tudo bem contigo?Eu gosto muito deste poema da Florbela Espanca assim como de toda a obra dela.Beijinhos.
Olá,
Gosto..quer dizemos..gostamos da Florbela Espanca...
Obrigada pelo teu miminho.
Beijinho
Isa
:)) lá ficou a sing toda contente :P
Este é um dos que eu gosto da Florbela...Boa escolha
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